Fundada em 1585, João
Pessoa já nasceu cidade. Sem nunca ter passado pela designação de vila, povoado
ou aldeia, visto que foi fundada pela Cúpula da Fazenda Real, uma Capitania da
Coroa, é considerada a terceira cidade mais antiga do Brasil (Mello, 1987).
No início da colonização,
quando a colônia brasileira foi dividida em Capitanias Hereditárias, grande
parte do atual território paraibano situava-se na então capitania de Itamaracá,
sob o domínio de Pero Lopes de Sousa. Posteriormente esta capitania foi
desmembrada, dando origem à capitania da Paraíba (Sampaio, 1980). João Pessoa
foi criada durante o antigo Sistema Colonial para exercer funções
administrativas e comerciais, tomando forma a partir de uma colina à margem
direita do Rio Sanhauá (Rodriguez, 1992).
A cidade de João Pessoa
teve vários nomes antes da atual denominação. Primeiro foi chamada de Nossa
Senhora das Neves, em 05 de agosto de 1585, em homenagem ao Santo do dia em que
foi fundada. Depois foi chamada de Filipéia de Nossa Senhora das Neves, em 29
de outubro de 1585, em atenção ao rei da Espanha D. Felipe II, quando Portugal
passou ao domínio Espanhol. Em seguida recebeu o nome de Frederikstadt
(Frederica), em 26 de dezembro de 1634, por ocasião da sua conquista pelos
holandeses, em homenagem a Sua Alteza, o Príncipe Orange, Frederico Henrique.
Novamente mudou de nome, desta vez passando a chamar-se Parahyba, a 01 de
fevereiro de 1654, com o retorno ao domínio português, recebendo a mesma
denominação que teve a capitania, depois a província e por último o Estado. Em
04 de setembro de 1930, finalmente recebeu o nome de João Pessoa, homenagem
prestada ao Presidente do Estado assassinado em Recife por ter negado apoio ao
Dr. Júlio Prestes, candidato oficial à Presidência da República, nas eleições
de 1930 (Rodriguez, 1991).
A primeira capela da
cidade foi erguida onde hoje se situa a catedral metropolitana. Datando do
início da colonização, a mesma foi construída para o culto a Nossa Senhora das
Neves, padroeira da cidade (Nóbrega, 1982).
Os holandeses, atraídos
pela riqueza do açúcar, invadiram a cidade em 1634, passando ela a chamar-se
Frederistadt. Assim permaneceu durante 20 anos (Sampaio, 1980). Registros
históricos afirmam que a cidade abrigava aproximadamente 1.500 habitantes e 18
engenhos de açúcar na época desta invasão (Mello, 1987).
Em 1808, a cidade possuía
3.000 moradores, cinco ermidas, uma matriz, três conventos, uma igreja
misericórdia com seu hospital. Por sua vez, em 1859 já contava com cerca de 25
mil (Mello, 1987). Até o início do século XIX, a cidade era habitada
praticamente por militares, administradores e religiosos. No entanto, com a
ampliação do comércio brasileiro em geral, João Pessoa, bem como todo o litoral
brasileiro, teve seu povoamento acelerado (Mello, 1987).
Na parte baixa da cidade,
encontravam-se os prédios da Alfândega, os armazéns do porto e as casas
comerciais (estes prédios ainda hoje podem ser vistos, embora em ruínas). Já na
parte alta localizavam-se as construções administrativas, religiosas e os
prédios residenciais de padrão alto (Rodriguez, 1992).
Fonte:http://www.de.ufpb.br/~ronei/JoaoPessoa/histor.htm
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