Várias lendas tentam explicar a história da origem da
cidade de Caicó. Assim sendo, não é fácil conhecer a verdadeira história.
Porém, todas envolvem um vaqueiro, uma promessa e o que é de mais importante: a
construção da capela que marcou a fundação da cidade, em 1725. Também é
interessante atentar para dois detalhes fundamentais.
Primeiro que na época já existia a fazenda pertencente a Manoel de Souza Fortes, o fundador da cidade, através da construção da capela. Além da casa da fazenda, existia também a casa dos escravos. Em segundo lugar, a Matriz de Santana de hoje não é a primeira capela, pois a matriz atual foi iniciada em 1748 pelo vigário Francisco Alves Maia. Há quem diga, e com certa lógica, que a primeira capela foi construída onde atualmente se encontra a Igreja do Rosário, iniciada em 1725 e reformada em 1864 por Luiz Chermont. Essa tese é bastante defendida pelo monsenhor Eymard Monteiro, autor do livro Caicó, editado em 1945. Neste livro, cita a tradição da época de que, sempre que uma igreja era construída, a capela anterior passava para a proteção de Nossa Senhora do Rosário. Aqui no sertão temos outro exemplo; a antiga igreja de Nossa Senhora da Guia de Acari, substituída pela atual matriz, em 1863. Depoimentos de pessoas antigas afirmam que Manoel de Souza Fortes, anos mais tarde, voltara para Goiana, Pernambuco, deixando várias léguas de terras para Nossa Senhora Santana e sua fazenda sobre a responsabilidade do seu primo, um português solteirão que tinha o sobrenome de Gama. Este deu início ao povoamento e ao falecer, deixou seus bens como herança para Santana.
O povoado crescia gradativamente, razão pela qual não tinha sentido continuar sendo chamado Sítio Caicó ou Ribeira do Seridó, conforme o antigo documento com data de 7 de setembro de 1736, em que fala de uma sesmaria de três léguas dadas ao capitão Inácio Gomes da Câmara. O nome Caicó foi devido aos primeiros habitantes, os índios Cariris do grupo Caiacós. Então, no dia 31 de julho de 1788, foi instalado o município com o nome de Vila Nova do Príncipe, pelo ouvidor da Paraíba Antônio Felipe Soares de Andrade Bredorodes, numa homenagem ao príncipe, futuro Dom João VI. No dia 15 de dezembro de 1868, pela Lei nº 12 de 1º de fevereiro de 1870, mudaria o nome da cidade para Seridó. Recebeu o nome atual definitivamente no dia 7 de julho de 1890, pelo decreto nº 33. Assim mesmo, em 1931 surgiu no Rio de Janeiro um movimento em defesa da mudança do nome de Caicó para Amaro Cavalcante, por parte de alguns norte-rio-grandenses que lá residiam. E só não se concretizou o intento graças a um movimento de protesto do povo de Caicó, encabeçado pelo tabelião Esperidião Eloy de Medeiros, tio do senador Dinarte Mariz, que enviou no dia 7 de janeiro de 1932 ao Centro de Notícias Norte-rio-grandense, no Rio, um abaixo-assinado com 70 assinaturas de pessoas idôneas da cidade.
Primeiro que na época já existia a fazenda pertencente a Manoel de Souza Fortes, o fundador da cidade, através da construção da capela. Além da casa da fazenda, existia também a casa dos escravos. Em segundo lugar, a Matriz de Santana de hoje não é a primeira capela, pois a matriz atual foi iniciada em 1748 pelo vigário Francisco Alves Maia. Há quem diga, e com certa lógica, que a primeira capela foi construída onde atualmente se encontra a Igreja do Rosário, iniciada em 1725 e reformada em 1864 por Luiz Chermont. Essa tese é bastante defendida pelo monsenhor Eymard Monteiro, autor do livro Caicó, editado em 1945. Neste livro, cita a tradição da época de que, sempre que uma igreja era construída, a capela anterior passava para a proteção de Nossa Senhora do Rosário. Aqui no sertão temos outro exemplo; a antiga igreja de Nossa Senhora da Guia de Acari, substituída pela atual matriz, em 1863. Depoimentos de pessoas antigas afirmam que Manoel de Souza Fortes, anos mais tarde, voltara para Goiana, Pernambuco, deixando várias léguas de terras para Nossa Senhora Santana e sua fazenda sobre a responsabilidade do seu primo, um português solteirão que tinha o sobrenome de Gama. Este deu início ao povoamento e ao falecer, deixou seus bens como herança para Santana.
O povoado crescia gradativamente, razão pela qual não tinha sentido continuar sendo chamado Sítio Caicó ou Ribeira do Seridó, conforme o antigo documento com data de 7 de setembro de 1736, em que fala de uma sesmaria de três léguas dadas ao capitão Inácio Gomes da Câmara. O nome Caicó foi devido aos primeiros habitantes, os índios Cariris do grupo Caiacós. Então, no dia 31 de julho de 1788, foi instalado o município com o nome de Vila Nova do Príncipe, pelo ouvidor da Paraíba Antônio Felipe Soares de Andrade Bredorodes, numa homenagem ao príncipe, futuro Dom João VI. No dia 15 de dezembro de 1868, pela Lei nº 12 de 1º de fevereiro de 1870, mudaria o nome da cidade para Seridó. Recebeu o nome atual definitivamente no dia 7 de julho de 1890, pelo decreto nº 33. Assim mesmo, em 1931 surgiu no Rio de Janeiro um movimento em defesa da mudança do nome de Caicó para Amaro Cavalcante, por parte de alguns norte-rio-grandenses que lá residiam. E só não se concretizou o intento graças a um movimento de protesto do povo de Caicó, encabeçado pelo tabelião Esperidião Eloy de Medeiros, tio do senador Dinarte Mariz, que enviou no dia 7 de janeiro de 1932 ao Centro de Notícias Norte-rio-grandense, no Rio, um abaixo-assinado com 70 assinaturas de pessoas idôneas da cidade.